Melodia das palavras

Me de a palavra para que eu possa criar a melodia.

E por onde pode sai tanta coragem, para enfrentar o dia?

E estamos aqui, outra vez por seguintes noites eu te vejo

Como se não fosse à mesma pessoa, apenas sorrindo

E não me esqueço, que por tantas destrezas você fugiu

A rapidez do salto nos fez ir longe, e caímos rapidamente

E subimos, era valho dizer tantas besteiras, e desperdicei

Aquilo que eu prezava não valia mais nada, e era justo saber.

E os goles tonaram-se constantes, e engolíamos o riso

Para que não transparecesse a tristeza, e assim a noite seguia.

E mais forte que pensávamos os nossos lábios se encontrava.

E as paredes sujas, eram o nosso apoio, e esquecíamos o que foi dito

Já não importava mais, e aquela melodia, tornara um soneto

E ninguém colocaria defeito, a lua disse que aquela noite

Tinha tornado especial, ela com encanto, brilhava, e ofuscava qualquer

Em sua volta.

Mas já que ocorreu o encontro, chegou a hora de acordar

E as idéias ganharam espaço, e se tornaram confusas em nossas cabeças

E os olhares não encontravam mais, tanto amor, talvez não pudesse ser perfeito

Esse desatino, e criamos um desapego que se tornaria constante quando

O corpo não encontrasse o seu par, que naquela noite despertou-me

Que talvez esse apego todo, seja por falta de alguém para amar (Confiar).


Magno Silvestre

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