2° Ato - Solidão
A cidade talvez já não faça parte, onde estará essa metade? Nos meus olhares avulsos, já não encontro fragmentos. A rua está calada, ela parece não querer mais saber. E as noites agora parecem dias. As janelas parecem mais rasas, os pássaros estão mais distantes de nós. O eco do universo parece chegar, tiram o nosso sono. Esse frio que vocês sentem, não é o mesmo que o meu. Os sorrisos, fora de foco, mostram apenas que nada é eterno. Nos permitimos a permitir. Os erros são eternos. Tuas frases de efeitos são piores que os teus desejos. Quando acordar de manhã, vou esquecer, por segundos. Todos os fracassos, as lágrimas, as perdas e despedidas. Despedidas tão leves quanto segurar a mão de uma criança. Sem o controle de nossas vidas. Seguindo como uma malabarista. Circo de leões sem dentes, tão tristes e velhinhos. O que nos leva a tristeza? Qual é a enorme explicação que nos leva a certeza que já temos? A maior pornografia estão nos olhares. O controle remoto não funciona mais, remoend