Déficit de Atenção.
- O que poderia ser? - Não sei mesmo, o que dizer. - Aquela situação inusitada. - Tipo você. - Eu acho graça, rio mesmo. Somos tão breves, folhas jogadas no chão. Cachorros na praça, um dia bom. - A gente não precisa contar pra ninguém, se você quiser. - Ué, eu não sou mais criança. Um rima tão indecifrável, um sorriso marcado por esperanças. Isso o que você faz comigo. Eu gosto mesmo é de ficar em casa, largado no sofá, com o rádio ligado. Mas agora eu quero aquele cheirinho de casa nova. - Você ainda tem duvida? - De quê? - Ah, das coisas que te falei, naquele dia. - Não sei, me abraça. Eu tô com aquele desejo de ser homem, tipo os nossos pais. Quero um carro, uma família e poder chegar em casa, na minha casa. - Você daria um bom pai. - Será? Eu seria muito coruja. - Seria mesmo, daria um ótimo pai e marido. O que a gente faz quando quer mudar? Mas temos que esperar. Não dá pra resolver tudo assim, não tem lampada ma