Cartas Marcadas

Eu, apenas um mero mortal, devaneio sobre as minhas próprias razões existenciais. Culpo-me muitas vezes, por não saber me expressar com clareza e franqueza que a situação me remete. Um bloqueio mental de não saber o que falar, e não raciocinar direito me faz ficar mudo e quieto. Meu jeito de nunca saber onde me encaixar nesse meio de pessoas querendo ser melhores que as outras. Meu jeito exagerado de falar sobre as pessoas em geral, colocando-as na mesma panela. Bom, para mim chega até ser mais fácil, porém, muito hipócrita. Queria ser uma pessoa decidida, de ter as peças certas na cabeça que faça ela funcionar nos momentos certos, de nunca pensar horas depois; “Eu poderia ter feito de outro jeito, funcionária!” Um ato falho de querer ser perfeito, onde apenas, sendo eficiente seria a melhor opção. Mas eu rio de mim mesmo, por achar graça dessas tragédias da vida, vejo um pingo de inteligência em mim. Mas onde eu realmente queria chegar? Bom, eu não sei. Pois, tentar compreender

Medo de quê? O que te fez mudar? Quais são as chances que a vida dará? Cedo demais pra entender? O suor gelado escorrendo no seu rosto. E quando acordar do pesadelo, os olhos dilatados poderá até enxergar no escuro. As perguntas que fazemos a nós mesmos, a pulsação cada vez mais forte. Não tenho palavras... Não sei o que dizer... Perder a chance de ser feliz outra vez? Onde perdi a oportunidade? Será que apostei tudo em algum pôquer durante um sono profundo? As vezes a realidade se fundi com os sonhos, até aonde posso acreditar? Como se ganha na vida? Indo pra frente? Em qual direção? As perguntas estão aí, somos uma fábrica delas... O planeta está em sua rotação, os problemas que criamos, as soluções. Tudo que queremos. A mão macia que toco todas as noites em meu sonho, é o que eu quero. A realidade dos sonhos que cheguei a acreditar, eu quero de verdade. A razão do querer, a posse de ter, não sou tão egoísta nesse ponto. Não quero acordar e ver que deixei passar a maior oportunidade

O mundo de ruínas retornou, para reforçar a amargura em sua boca. Apertando os bolsos à procura de algo não esquecido. Olhos que não se fecham quando são necessitados, o que fará acordado? Olhar fixado em locais extremos da parede mal construída por alguém sem prática, Ou até sem paixão no que faz. Por que será que perdeu tanto tempo tentando entender como funciona as coisas, Nunca pois em prática as coisas da vida. E se és ateu, em quem deverias acreditar se não a si. Estou desconfiado que tomou o rumo das tuas rédeas. Dominando o teu receio de se aproximar das pessoas da rua, e a olhar em seus olhos quando necessário. Dominou o teu medo de ter medo, de sei lá o quê. Mas pra ter medo de algo, precisa saber o que é. Assim nunca tivesse analisado a real situação que se passa. A real grandeza que tu és, pra ti. Você se tornou a pessoa que quis ser um tempo atrás, olhando pra você sinto orgulho de mim. Sempre que estiver fraco, feche os olhos e lembre de mim. De: Magn