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Mostrando postagens de janeiro, 2011

Janeiro

Inconstante mais uma vez, é essa a vontade de viver. Reclamações avulsas para um mundo do bem querer. Viver, amar, morrer. Sonhar, é das belas interpretações da minha vida. Eu preferiria morrer, a não sonhar. Eu preferiria morrer, a não amar. Vagarosamente o insensato desprezível, gosto amargo... É a minha solidão, que desce aos goles do vinho. Vem-me uma vontade de fumar, para completar com a desgraça Do que é viver nessa angústia, repartida de incertezas... Fui nobre. E aos dias, deixo meu imenso agrado, de que devo partir. Amanhã é outro dia, outras incertezas, outros vinhos. Magno Silvestre

Rotina

Meus óculos sujos, com marcas de dedos Minha mesa bagunçada recheada de papéis Um copo vazio, esperança longe dos quarteirões. Um dia quente, como de se esperar. Uma rotina cansativa, olhos entreabertos Cobertor perdido, tudo em silêncio. As horas voam, fiquei parado Café frio, meus pés no chão Não sinto a brisa, nem me avisaram Que o dia acabou. Sinto medo, sinto fome Sinto anseio, sinto cheiro Sinto enjoo, sinto a tristeza... Batendo a porta, de quem se foi Vai ter que ser na saudade Vai ser com o tempo Incondicionalmente rotineiro, meu desejo de viver. Magno Silvestre

Cataclismo

Eu pedi que parasse e voltasse ao normal Centralizasse tudo, e acordasse ao final. Em busca de algo novo, bocejei em desespero Como se fosse longa a busca da espera. Vamos juntos saudar nossa harmonia, Dizer que nunca foi vista, dizer como é linda. Acordei em uma manhã chuvosa Fiquei atento as gotas que caiam sobre o solo Fiquei atento as gotas que caiam sobre o mar Fiquei atento como o mundo gira ao redor Fiquei em desespero, estava em pleno sonho. Estava imóvel no mesmo lugar, não conseguia levantar Estava perplexo de novo, estava em harmonia comigo mesmo... O que restou de mim, simples reações, simples movimentos. Estava só observando o meu passado, moldando meu futuro Com apenas um acorde, uma lágrima e um simples orgulho... Engasgado em minha garganta. Magno Silvestre