Contínuo
Eu me alimento das palavras. Me alimento do ódio. Me alimento da ignorância do povo. É assim, foi assim, será assim. Incapaz de tolerar qualquer idiotice. Pudera, se apaixonar e querer viver de novo. Se ferir na ponta de um faca cega. Pular de um precipício e cair em uma piscina vazia. Covarde seria uma boa definição. Ninguém entende do que eu falo. Ninguém entende o que eu faço aqui. Não tiro a razão, quem sou eu? Acordos as manhãs e tomo o meu café. Converso sozinho, toco o meu violão. Lembro de quem podia estar aqui. Procuro as chaves, tenho que sair. A noite está fria e a rua escura. Nada diferente de como eu levo a vida. Magno Silvestre