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Mostrando postagens de julho, 2012

Contínuo

Eu me alimento das palavras. Me alimento do ódio. Me alimento da ignorância do povo. É assim, foi assim, será assim. Incapaz de tolerar qualquer idiotice. Pudera, se apaixonar e querer viver de novo. Se ferir na ponta de um faca cega. Pular de um precipício e cair em uma piscina vazia. Covarde seria uma boa definição. Ninguém entende do que eu falo. Ninguém entende o que eu faço aqui. Não tiro a razão, quem sou eu? Acordos as manhãs e tomo o meu café. Converso sozinho, toco o meu violão. Lembro de quem podia estar aqui. Procuro as chaves, tenho que sair. A noite está fria e a rua escura. Nada diferente de como eu levo a vida. Magno Silvestre

Psicanálise

-Você realmente tem certeza se quer continuar? - Claro, tenho certeza. Porque iria desistir logo agora? -Você me parece cansado. - Estou exausto, mas não quero morrer na praia. -Olhe, sua cara no espelho. Consegue ver seu reflexo? - Nossa... O que está acontecendo? Não me vejo, eu morri? -Olhe melhor. - Estou olhando... Não consigo me vê! -Você é apenas minha subconsciência, querendo tomar conta de mim. - Mas eu pareço tão real... Eu consigo sentir, tocar... -São apenas memórias, você precisa apagá-las para mim. - Não posso. -Por que não? - Você quer que elas permaneçam, já tentei apagá-las. Mas no final você desiste. -Sou mais fraco do que eu pensava. * Mãos a cabeça * - Você é humano. Magno Silvestre