Cartas Marcadas

Amanheceu, saudoso dia. O dia é meu, teu, nosso. Desfrutou do sabor sereno, gostou, Disse que não largava mais. Morena, de onde tu vens? Me puxa, me beija, me larga. Faz de mim o que quiser, É assim, pois é. Saudei os portos precários Do amor, tu me disseste “Jamais venha com cautela” Quero teu corpo. Entrego-lhe o coração do rapaz... Que se perdeu nos caminhos tais. Magno Silvestre

Não sei o que mais fazer, os dias vêm se repetindo Seguindo o mesmo ritmo, em todo momento eu olho o relógio Parece não ter mais fim essa vida, apenas estou cumprido O protocolo. Voltei a escrever para você que nunca me responde, me senti vazio esse tempo E você continua a me torturar, mesmo de longe sem querer, vai ser assim. Tenho me perdido como poucos, tenho me embriagado como muitos. Perdi o caminho de casa, perdi as chaves. E quando você vai voltar? Quando vai perceber que esse não é o seu caminho? É triste o caminho que tenho que trilhar o mês já está se acabando. Depois disso o que virá? Não tenho certezas meu bem, nunca tive, vivo me interrogando Com as mesmas perguntas velhas de sempre Sempre acabo confuso, descarado e arrogante Não consigo mudar por ninguém, nem por você Nem para poder viver. Assinado: Magno Silvestre

O telefone tocou naquela manhã chuvosa, o silêncio pairava no recinto, O rapaz sentiu o seu coração apertar, não sabendo o que o esperava. Ele atende com um nó na garganta; -Alô? Uma voz estranha do outro lado da linha lhe diz; -Olá, esperei tanto por esse dia. O rapaz ainda confuso, só que agora o coração disparava; -Por favor, que está falando? Só podia ser algum tipo de brincadeira, pensava o rapaz. -Sou apenas uma coisa passageira. Ele não entendo nada do que se passava; -Mas...Você me liga assim, como sabe meu telefone? -Isso é o de menos, eu esperei muito por esse momento. De ouvir sua voz, e de como ficaria confuso, escute sou apenas uma coisa passageira. -Tá certo, mas o que quer de mim? Deve ter alguma razão. - A razão é que eu te amo, não consigo viver longe de você, mesmo assim... Longe. Não resisti ficar tanto tempo assim vendo você passar por mim, mas estava sempre ocupado ao celular. -Ca...Calma, voc

Me vesti outra vez, pro que dê e vier. Estou pronto para subir outra vez, Que tal você segurar minha mão? A chuva não deu descanso, parece que iremos deixar pra depois. Você ri e diz que não adianta sermos assim, sempre desistindo nas últimas horas. Coloquei minhas botas de chuva e um cachecol, eu sei que são velhos demais. Ela prefere ver as montanhas e eu o mar, ela diz; -Podemos ver o mar lá de cima, vamos! Não pude discordar, quando ela meti algo na cabeça é difícil de tirar Ela convence qualquer um a pular nas águas do pólo norte. Ela sem fôlego pediu pra parar, enquanto eu estava no pique, Me pediu um beijo mesmo sem fôlego e não pude negar Aquele sorriso doce, ficava linda de cabelos molhados. Puxei a trilha segurando a mão dela, e ela dizia; -Porque a pressa? Ainda chegaremos logo cedo! Ela gostava de tirar fotos dos lugares, e eu de admirá-la fazendo isso. Logo após a subida chegamos ao ponto que queríamos, Ela tinha toda razão! Dava pra ver o mar, eu di