Déficit de Atenção.
- O que poderia ser?
- Não sei mesmo, o
que dizer.
- Aquela situação
inusitada.
- Tipo você.
- Eu acho graça,
rio mesmo.
Somos tão breves,
folhas jogadas no chão. Cachorros na praça, um dia bom.
- A gente não
precisa contar pra ninguém, se você quiser.
- Ué, eu não sou
mais criança.
Um rima tão
indecifrável, um sorriso marcado por esperanças.
Isso o que você faz
comigo. Eu gosto mesmo é de ficar em casa,
largado no sofá,
com o rádio ligado.
Mas agora eu quero
aquele cheirinho de casa nova.
- Você ainda tem
duvida?
- De quê?
- Ah, das coisas que
te falei, naquele dia.
- Não sei, me
abraça.
Eu tô com aquele
desejo de ser homem, tipo os nossos pais.
Quero um carro, uma
família e poder chegar em casa, na minha casa.
- Você daria um bom
pai.
- Será? Eu seria
muito coruja.
- Seria mesmo, daria
um ótimo pai e marido.
O que a gente faz
quando quer mudar? Mas temos que esperar.
Não dá pra
resolver tudo assim, não tem lampada magica.
Sou ansioso, tenho
um pouco de insonia.
Mas olha como ela
morde os lábios, acho engraçado.
Esses olhos, dizem
tudo.
Mas olha só, tô
aqui criando mais uma vez uma historia.
Vou tentar não
colocar um final nessa, tão cedo.
- Você tá me
ouvindo?
- Hã? Tô.
Magno Silvestre
Complitude. *-*
ResponderExcluirCoisa linda, de se ler.
Completude*
Excluir