Carta ao passado.



Não sei o que mais fazer, os dias vêm se repetindo

Seguindo o mesmo ritmo, em todo momento eu olho o relógio

Parece não ter mais fim essa vida, apenas estou cumprido

O protocolo.

Voltei a escrever para você que nunca me responde, me senti vazio esse tempo

E você continua a me torturar, mesmo de longe sem querer, vai ser assim.

Tenho me perdido como poucos, tenho me embriagado como muitos.

Perdi o caminho de casa, perdi as chaves.

E quando você vai voltar? Quando vai perceber que esse não é o seu caminho?

É triste o caminho que tenho que trilhar o mês já está se acabando.

Depois disso o que virá?

Não tenho certezas meu bem, nunca tive, vivo me interrogando

Com as mesmas perguntas velhas de sempre

Sempre acabo confuso, descarado e arrogante

Não consigo mudar por ninguém, nem por você

Nem para poder viver.


Assinado: Magno Silvestre

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