Narrando a incapacidade de viver

Ele se levantou em uma manhã fria
Como se não pudesse acreditar, pois os pés no chão
Logo seu corpo todo se arrepiava
Sentindo uma brisa gelada vindo da janela
Um estado de inconsciência permanecia sob-controle
Abrindo os olhos lentamente para o lado oposto da cama
Não havia ninguém lá, pudera, são assim todos os dias do ano.

A vida nunca foi tão generosa, rapaz, 21 anos, nunca se sentiu tão perdido
Existia um pouco de fé, bem escondida entre seus lóbulos cerebrais
Uma caneca de café bem quente e forte pra esvaziar a mente
Nunca ajudou, mas como qualquer vicio, mantinha.
Existiam pequenos sonhos, inalcançáveis, talvez.
Mas um pouco de solidão
Que não falta garotas no mundo, mas apaixonava-se pela as dos contos,
Filmes, livros, paixões platônicas.

Tendo a consciência que morrerá assim, desperdiçará seu tempo em vão
Ouvindo histórias, escrevendo estórias
Talvez com chances de virar o jogo pra si
Vencer a batalha, se manter vivo.
Ficará se julgando, por ser complexo demais
Até o fim dos sonhos.

Magno Silvestre

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