Contínuo


Eu me alimento das palavras.
Me alimento do ódio.
Me alimento da ignorância do povo.

É assim, foi assim, será assim.
Incapaz de tolerar qualquer idiotice.
Pudera, se apaixonar e querer viver de novo.

Se ferir na ponta de um faca cega.
Pular de um precipício e cair em uma piscina vazia.
Covarde seria uma boa definição.

Ninguém entende do que eu falo.
Ninguém entende o que eu faço aqui.
Não tiro a razão, quem sou eu?

Acordos as manhãs e tomo o meu café.
Converso sozinho, toco o meu violão.
Lembro de quem podia estar aqui.

Procuro as chaves, tenho que sair.
A noite está fria e a rua escura.
Nada diferente de como eu levo a vida.

Magno Silvestre

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