O conto do autor.

É, pode ser a noite mais quente, mas não será a última
Um murro cego, que tire a visão
A utopia do vagabundo desequilibrado
Que pisa só nos quadrados do chão da prisão.

Ele descia lentamente com uma faca de pão
Enquanto ela sentava em cima do vizinho na sala de estar
O dia normal do pobre cidadão, que pagava as suas contas
E batia no loco na prisão, pobre história.

As perguntas tão retóricas, que não fazia questão de responder
O chá sem açúcar que aprendeu a fazer, sua avó estava morta e enterrada
Nos versos fúnebres de quem o escrevia, sem rimas prontas e sem ponto final
A morte nunca pode ser um bom sinal, se fosse pra morrer, morreria de dor e talvez de amor.

Talvez a faca cravada na barriga do amante não seja um bom sinal, ela gritava igual a um animal
Ele ria desesperado outra vez, talvez por que ela havia traído-o novamente, os policias entram em sua casa, ele havia tentando enterrar o cara na sala, nada de diferente em um dia quente de verão.


Magno Silvestre

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