Moço velho
Você está
atrasado,
já não percebe o que passou,
já não choras mais a noite,
já perdestes o caminho.
Ouviu tantos conselhos,
de gente que talvez nem viveu,
de gente hipócrita que prática o descaso,
de gente que te pede pra esquecer.
Mas tu não vive mais isso,
e já não sabes pra onde olhar,
já não seguras mais a mão,
já acha tudo velho e repetitivo.
Você não está morto,
não olha mais as meninas,
não diz mais coisas bonitas,
não quer saber de namorar.
Sua alma é de velho – Seu moço.
Não se faça de bobo,
a vida é vaga demais,
as vezes parece que o tempo passa lentamente,
as vezes parece rápido demais.
Então não saia na rua,
o tempo não está muito bom.
Não diga que hoje será diferente,
tu nunca vê o lado bom.
Coloca uma roupa quente,
e te enrola no cobertor.
Pena que essa não é a vida que tu quer,
mas qual é?
Não te contenta com a vida que leva,
nem com as coisas que já tem.
Trata tudo com caretice mas sem fazer desdém.
Mas eu sei o que tu queres, algo que chamais sonhou.
Algo que talvez não possa tocar,
algo inconfundível, como o cheiro do cabelo.
Eu acho que sei, talvez, talvez eu não saiba mesmo.
Tentar decifrar é um erro,
eu te aceito.
Magno Silvestre
já não percebe o que passou,
já não choras mais a noite,
já perdestes o caminho.
Ouviu tantos conselhos,
de gente que talvez nem viveu,
de gente hipócrita que prática o descaso,
de gente que te pede pra esquecer.
Mas tu não vive mais isso,
e já não sabes pra onde olhar,
já não seguras mais a mão,
já acha tudo velho e repetitivo.
Você não está morto,
não olha mais as meninas,
não diz mais coisas bonitas,
não quer saber de namorar.
Sua alma é de velho – Seu moço.
Não se faça de bobo,
a vida é vaga demais,
as vezes parece que o tempo passa lentamente,
as vezes parece rápido demais.
Então não saia na rua,
o tempo não está muito bom.
Não diga que hoje será diferente,
tu nunca vê o lado bom.
Coloca uma roupa quente,
e te enrola no cobertor.
Pena que essa não é a vida que tu quer,
mas qual é?
Não te contenta com a vida que leva,
nem com as coisas que já tem.
Trata tudo com caretice mas sem fazer desdém.
Mas eu sei o que tu queres, algo que chamais sonhou.
Algo que talvez não possa tocar,
algo inconfundível, como o cheiro do cabelo.
Eu acho que sei, talvez, talvez eu não saiba mesmo.
Tentar decifrar é um erro,
eu te aceito.
Magno Silvestre
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