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O que eu vejo através da janela?
Talvez um mundo que eu faça parte,
mas também que não me adéque.
Me dói pensar, o que eu deixei de fazer?
Talvez esteja esperando algo, uma eterna sala
de espera. Ninguém me chamou ainda.
E se me chamarem, o que eu faço?
Pode ser o fim de tudo.
Quando eu abrir a porta, posso teletransportar
para outro lugar e, lá possa ser realmente o meu lugar.
Mas por enquanto eu permaneço aqui.
Meus olhos estão cansados de acompanhar tudo.
Sinto uma enorme vontade de dormir.
Assim eu possa pular umas horas, dias, noites.
Talvez eu esteja perpetuado no sonho de alguém.
Mas por favor. Acorde. Eu preciso viver o meu também.
Perdi o medo de arriscar, a coragem de agir.
E o sentimento de perder.
O que me impede agora, de olhar pela janela, e ver?
Talvez lá não tenha nada para mim.
Posso está passando o tempo inteiro sendo algo que não sou.
Talvez esteja perpetuado no meu próprio sonho.
Na minha própria janela. Elas estão fechadas.
Por que não olho pela janela e vejo o dia.
Sem pretensão, vejo o que ele me diz.
Talvez tenha medo de algo que não sei.
Algo que ela possa me dizer, que eu não goste.
O sol bate na janela, fresta de luz entram e iluminam o chão.
Talvez esse seja o convite que tanto esperei.
Talvez seja a minha chamada, na sala de espera.
Eu só preciso saber. Que se for pra ser, eu irei.

Magno Silvestre.

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