As vezes a vida parece ser indolor
nos aproximamos de alguma coisa.
Não podemos sentir o cheiro, o gosto,
a razão que vem se aproximando.

Ela chega a nos encostar, mas não vemos.
Como sabemos?
Sentimos algo.

O cheiro de energético, bebidas baratas e festas.
Roupas novas, calçados, preenchem alguma coisa.

Quero estar fora dos padrões
Ficar na minha por um bom tempo
Andar por aí, sem me preocupar em ser algo.
Eu posso.

Quanto mais nado contra a maré, mais ela me puxa.
Os braços cansam, me faz parar, fico perdido em mar aberto.
Metáforas a parte, ou você é como ‘todos’, ou será ignorado.

Prefiro ser essa metamorfose ambulante, obrigado Raul.

Talvez eu sinta algo dentro de mim, que fala para o meu ‘eu’ interior.
Mas que se perde em meio a tudo.


Me sinto uma avalanche todos os dias
não sobra nada de mim.

Talvez a vida não queira dizer nada mesmo.

O mundo continua girando e nos achamos o centro de tudo.

Oh, boy!

Fomos fisgados pelo nosso egocentrismo.
Cuidado para não virar isca de si próprio.

Me sinto denso, não consigo me misturar.
Me sinto diferente, mas, ao mesmo tempo, me sinto igual.
Sou.


Mas esses devaneios são para provar que ainda sobrevivo
E que a minha cabeça ainda não me matou.


Magno Silvestre

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